sexta-feira, 6 de março de 2009

Corrente de Solidão


Um homem aponta para dentro de si.
Não sabe o que vai encontrar.
Hesita em se atirar e se deixar dividir.

Vai! Se solta e se choca. O medo de abrir as portas é que o te prende.
Erga a mão e quebre essa corrente de solidão.

Uma mulher consola-se contando mentiras para si.
Vive a ilusão de uma família que nunca teve.
Tem medo de sair e deixar as melhores companhias: paredes.

Vai! Se solta e se choca. O medo de abrir as portas é o que te prende.
Erga a mão e quebre essa corrente de solidão.

Deus olhou para si e viu a sua imagem e semelhança.
Viu homens e mulheres, dos velhos às crianças.
Não hesitou em se atirar. Nem teve medo de se dividir.

Veio. Nos soltou, nos chocou.
Abriu as portas e levou o medo que nos prendia.
Ergueu as mãos, do partir do pão a crucificação.
Quebrou a corrente, que os homens formavam, de solidão.

Um comentário:

Franci Samveira disse...

Seja bem-vindo ao espaço! shaushauaah

Estava esperando a sua volta à muito tempo. Coloquei um link do meu blog para o seu e sempre vigiava para ver se tinha algo novo. Ainda bem q vc voltou, seus textos são ótimos!